Estou doente. Todo eu sou ranho.

Olá amiguinhos? Como vai isso?

Por aqui, digamos que já esteve melhor. Bem melhor, na verdade.

Estou com a maior constipação que alguma vez a minha pessoa já teve . Também se pode chamar resfriado, dá um ar mais elitista, mas o ranho é o mesmo.

E como apanhei eu esta constipação, perguntam vocês. Pois bem, apesar de estarmos na altura da gripe, e dela andar por aí, que eu já a vi, apanhei esta fantástica constipação da maneira mais masculina que pode existir. A fazer desporto.
Tenho provas, como podem ver:
Estas fotos são o resultado de uma bela volta de bicicleta num Domingo de manhã. E não, aquilo branco não é neve, mas sim o estuporado causador deste meu resfriado. O estupor do nevoeiro. Boi.
O que se passou foi o seguinte: fui de carro para o topo da montanha, um sol espectacular, como podem ver. Até aqui tudo bem. O que estragou tudo foi a necessidade absoluta de ter de cruzar esse nevoeiro para retomar à bela da minha casinha. Acreditem em mim. Foram uns 10 (ou mais) quilómetros extremamente dolorosos e gélidos, como já não fazia há muitos anos. Senti todo aquele nevoeiro a passar por mim e a dizer: "Toma lá oh palhaço! Esta é por usares desembaciador no carro". Ou então disse qualquer coisa mais engraçada, que agora não me recordo.

E agora aqui estou eu. Todo eu sou ranho.

Já tomei diversos medicamentos, de todas as cores e feitios. E nada. Fiz um bidão de chá, e nada. De tanto chá que fiz, e de o ter posto numa garrafa térmica, consegui tomar chá em todas estas diferentes fases ao longo do dia:

1. Chá estupidamente quente.
2. Chá intragávelmente quente.
3. Chá muito quente.
4. Chá quente.
5. Chá médio-quente.
6. Chá morno.
7. Chá médio-frio.
8. Chá frio.
9. Chá gelado.

Depois destas nove fases do chá, continuo na mesma.

Ao longo do dia consegui gastar 2 rolos de papel higiénico para me assoar, com um papel higiénico que vim a reparar que tinha fantasmas desenhados. Que raio de sítio para desenhar fantasmas. Mas cheguei a conclusão de que se existe um fantasma do cocó, será este certamente.
Consegui encher um caixote do lixo com lenços de papel usado, que decidi imortalizar, com esta deprimente fotografia:

Depois de tanto assoar, destruí completamente o meu nariz e as minhas outrora suaves bochechas. Neste momento, tenho a cara coberta de creme hidratante.
De forma poética, posso dizer que a minha cara está no mesmo estado que o rabo de um bebé num dia bem quente de Verão.


Já estou a ver amanhã as manchetes dos jornais:

"Indivíduo de 20 anos, afoga-se no próprio ranho."

Vou para a cama agora. Eu, lenços, secreções nasais e a Fiona Apple.

Ok, não é A Fiona Apple. Mas o mais próximo que ela ou alguém se consegue aproximar de mim neste estado. Através de um leitor de mp3.

Não sabem quem é a Fiona? Fica aqui a sugestão:

Coiz'
dmonteiro, não o Homem Aranha, mas o Homem-a-Ranho.