Época de Páscoa e tal, mais uma excelente oportunidade para se esbanjar dinheiro para os afilhados, padrinhos, madrinhas e afins. Não vou falar da relação absurda entre coelhos e ovos de chocolate. Já foi falado. Toda a gente sabe que os coelhos não põem ovos. Pelo menos de chocolate.
Como é mais uma altura para a miudagem , tive oportunidade este fim-de-semana de visitar uma daquelas grandes superfícies destinadas apenas ao comércio de brinquedos e outros artigos que tal. Por razões óbvias relacionadas com direitos comerciais e motivos publicitários é-me impossível identificar a tal superfície. Mas para não ser (muito) desmancha prazeres, e para tornar esta história mais fácil de ser visualizada por vocês, criei um pequeno logótipo, que em nada se assemelha ao original, mas como disse é só para vos facilitar a vida. Aqui está ele.

No decorrer da minha visita cheguei a duas (grandes) tristes conclusões. Comecemos.
Em primeiro lugar, ver tantos brinquedos e tanta cor junta, faz-me lembrar tudo aquilo o que um único brinquedo me recorda também: já não tenho idade para brincar com aquilo. Pior do que isso: nunca mais vou voltar a ter. Conforta-me um pouco a ideia de que daqui a muitos anos, ei-de roubar os brinquedos todos aos meus netos e vou voltar a ser feliz, enquanto os pequenotes correm desalmados para as mães e berram "Oh mãeeeee, o avô não me dá as Barbies!!". Parece-me a mim que ainda vai demorar.
Durante a ronda pelos corredores, na qual eu fiz o "ar-de-padrinho-à-procura-de-brinquedos-para-o-afilhado", estava na verdade a brilhar por dentro, a ver tanta cor, num mundo cheio de possibilidades e dias-livres, enquanto me remoía a pensar :"Eh pá, catano... Se eu soubesse o que sei hoje, tinha brincado de uma forma bem mais inteligente e tinha construído coisas bem mais loucas com o balde de Legos, e não apenas as casas rectangulares e às cores". Na verdade acho que não se podia chamar bem casa.. eram mais aglomerados de blocos. Mas garanto-vos que eram os aglomerados mais bem feitos de sempre. Mas às cores. Sempre às cores.
Em segundo lugar, enquanto remexia em tudo, com o mesmo ar sério, cheguei a conclusão, que os brinquedos de hoje em dia só precisam das crianças para que estas os tirem das caixas, porque uma vez saídos das embalagens, eles brincam sozinhos. O contacto necessário é mesmo muito pouco. É um botão para ligar, um botão para correr, outro para saltar, mais um para colidir com carros-do-pai e móveis-caros-da-mãe, um botão para estragar o brinquedo, e por último um para o arrumar na mala dos brinquedos. Pronto, existem todos os botões menos o último, mas acredito que todas as mães deliravam, se existisse um botão como o último.
Enfim, mas não era bem disto que vos queria falar. Sai a nostalgia, entra a estupidez.
Na secção de brinquedos da Playmobil, certamente todos se recordarão, encontrei um conjunto de brinquedos que aparentemente não sofreram grande mudança desde a altura em que eu os pedia pela época do Natal. Conjuntos temáticos: comboios, castelos, carros, casas, médicos, aviões. Enfim, o costume. Tudo coisas a que os miúdos estão habituados a lidar, tudo coisas que fazem parte do imaginário de um miúdo no que toca a brincadeiras. Até aqui tudo bem. Isto até eu ter encontrado, sempre com o meu ar sério, isto:

A Arca de Noé da Playmobil.
O que isto tem de mal, perguntam vocês. Aparentemente nada, seria bem pior se fosse a Mansão Playboy da Playmobil, mas estamos a entrar por um caminho que quanto a mim é confuso. Pormos as crianças a brincar com aviões e a simularem desastres tudo bem, ao fim ao cabo é o que se vê nos telejornais todos os dias, mas convenhamos, dilúvios bíblicos não acontecem assim com tanta frequência. Podemos estar a confundir as criancinhas.
Olha mãe!!! Vai haver um dilúvio! Vou por um senhor e uma senhora de cada espécie no meu barco prós salvar! - Ups.. falta um homem e uma mulher.. deixa cá ver na caixa.. Hum.. Não... - Espera! Deve ser por isso que a vizinha diz que o pai é um macaco e que tu és uma vaca! Hurra mamã! Yei.
Situações como estas podem ser evitadas. O que vem a seguir? A paixão de Cristo? Moisés e o Mar Vermelho? A sopa de tomate nunca fora tão desejada como agora!
E como temos de ser polivalentes a agradar e todas as culturas, porque não criar um kit de Budismo, com um Buda bem jeitoso, e também uma figura bem catita do Dalai Lama ? E que tal o Muro das Lamentações? Cheira-me a tardes de domingo muito bem passadas.
Em relação ao que eu disse dos brinquedos, é bem possível que alguém daqui a vinte anos venha a escrever algo exactamente igual, do mesmo modo que há vinte anos isto também deve ter sido escrito.
Coiz'
dmonteiro
Há novidades por aqui.




6 pessoas estúpidas comentaram este post:
Tas a falhar. Se olhares bem ra imagem ves la um homem e uma mulher... LOL :P
Os brinkedos de hj em dia suckam... MUITO... Assim como os desenhos animados... UMA PALHAÇADA...
* * *
Não, não! Vês um homem e um menino. O que é bem mais grave. Não vou entrar por aí.
Ihhhh mansão da Playboy da playmobil era altamente...Será que tinha a grutinha??
E a questão que se levanta...
Coiz'r'us !
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Coitado do gatinho, que maldade...
eheheh
izil
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