Coiz' Novo e Tal...

Os finais dos anos são um bocado a dar pó estúpido. Primeiro porque nunca percebi bem o que se festeja, se o fim de um ano, se o início do outro. E não me venham cá dizer que se festejam as duas coisas, porque eu não acredito. Mas vejam bem, quer uma coisa, quer outra são ambas estúpidas. No primeiro caso, o festejar do ano. Será que o ano correu assim tão mal a tanta gente, para que se festeje como se não houvesse dia de amanhã (que de certo modo, até nem há) com fogo-de-artifício, alcóol, e programas televisívos para avós? Ou então no caso do ano ter corrido bem; então porquê estamos a festejar o seu fim? "Yeah, está tudo a correr tão bem! Ainda bem que acaba daqui a 10! 9! 8! 7!...".
No segundo caso, a situação de se festejar o início do ano que está para vir. Qual é o objectivo? Festejar que há mesmo um ano novo? Quê, há hipotese de não haver? De se atrasar, ou ter um "pequeno incidente com o carro"? Já há anos novos desde há milhões de anos até ao dia de hoje. Mas festejamos todos contentes o facto de, defacto, haver mais um! E este é novo! Hurra.

E depois é tudo muito bonito, há luzes, há festa, há cor. Tudo gosta do ano novo! O ano novo é mesmo fixe! Este ano é que vai ser. Todos têm planos, todos têm objectivos marcados com o ano novo.
Mas, e o ano velho? Ninguém mais se preocupa com ele? Já ninguém sente carinho por ele, não é? Já ninguém quer saber do ano velho, já estão todos com os copos...
Pois é... Mas enquanto vocês estão a beber uma mistura qualquer, que mais parece gasolina, o ano velho está só e triste, a arrumar as suas bagagens para ir para junto dos outros anos velhos. Para o lar-de-repouso-dos-anos-velhos.
A verdade é dura e cruel, não? A realidade dói. É como o pão.


Bem, espero que tenham um ano novo bom e estúpido. E não se esqueçam do ano velho. Ele não se esqueceu de vocês.
Vá, um 2007 cheio de cenas estúpidas, com o estupidezcronica.

Aqui fica a primeira crónica do Coiz' novo!